O debate sobre a melhor forma de alimentar os nossos animais de companhia está a ficar cada vez mais confuso. Com os avanços da alimentação crua, muitos mitos e boatos vieram à tona, e acaba por se tornar muito difícil saber o que é verdade ou mentira. Posto isto, e para te ajudar nesta tarefa de “detetive”, vamos falar sobre os mitos mais comuns relativos à alimentação crua para te disponibilizar as ferramentas e conhecimento necessários para que possas tomar as tuas próprias decisões informadas sobre o tema.
iRAWcional: Alimentar o meu cão com comida crua vai torna-lo mais agressivo e vai aumentar o seu instinto de caça.
Este é um mito que existe há muito tempo, mas ainda é bastante comum. O que um animal come não altera seu instinto natural de caça. Na realidade, muitas pessoas confundem tendências de proteção de recursos com instinto de caça, quando são duas coisas bem diferentes.
Os comportamentos de guarda de recursos são muito comuns, mas não se baseiam apenas na comida. Os cães guardam qualquer coisa que considerem de "alto valor", desde humanos a brinquedos e alimentos específicos, como treats. Isso tem mais a ver com treino e modificação de comportamento do que propriamente com alimentação. Por exemplo, é provável que um cão que está com fome proteja os seus alimentos, especialmente se for algo que considere de alto valor e a que não teve acesso antes.
Por outro lado, o impulso de caça é um comportamento geneticamente predisposto que tem a ver com um gosto que pode ou não existir num cão em perseguir objetos em movimento. Um cão com um grande instinto de caça não gosta, necessariamente, de matar coisas: pode simplesmente sentir-se atraído pelo movimento.
iRAWcional: Os alimentos crus vão fazer o meu cão ficar doente com bactérias, parasitas e patogénicos.
Outra razão iRAWcional pela qual alguns veterinários historicamente alertam os tutores de animais de companhia sobre a alimentação crua é devido a uma possível contaminação bacteriana, como a salmonela ou e coli. No caso de algumas dietas cruas, isto pode efetivamente acontecer devido à utilização de ingredientes de qualidade inferior, processos de produção com pouco controlo ou até mesmo manipulação inadequada de alimentos.
Mas espera… Lembras-te de quando se falava no risco de e. coli e salmonela na alface? E nos pepinos? Os médicos começaram a recomendar parar de comer alface e pepino? Claro que não! Jamais cogitaríamos eliminar alimentos frescos da nossa dieta apenas porque houve um caso isolado de contaminação de um tipo de alimento.
Existem riscos em TODOS os alimentos, independentemente do seu formato, e é importante recordar que isto não é um caso que afeta exclusivamente dietas de alimentos crus para animais de companhia. Então, como podes garantir que a comida do teu patudo é segura?
Continua a ler e verás porque é que esse medo de alimentos crus é infundado.
Na verdade, os alimentos processados também não são estéreis. De facto, existem relatórios recorrentes que atestam a presença de Salmonella, E. coli e Listeria em alimentos secos/processados, especialmente os de menor qualidade. Além disso, há outros alimentos secos que são inclusivamente recolhidos do mercado por outros motivos ainda mais alarmantes, como níveis perigosamente altos de suplementos sintéticos de vitamina D e aflatoxina (um perigoso subproduto do mofo), os quais podem fazer com que o teu cãopanheiro fique gravemente doente.
Na União Europeia podes consultar o Rapid Alert System for Food and Feed (RASFF), que proporciona às autoridades de controlo alimentar e animal a troca de informação sobre a deteção riscos em rações ou alimentos, ou também a página da FDA, se pretenderes obter mais informação sobre este tema.
A nossa pergunta é: porque é que este tema não é mais falado? Só porque o alimento seco/processado vem de um saco não significa que esteja livre de contaminação bacteriana ou fúngica. De fato, alimentos secos processados geralmente são armazenados num saco já aberto, em temperatura ambiente, criando um ambiente ideal para a multiplicação de bactérias.
As bactérias patogénicas podem vir de qualquer lugar, pois elas estão virtualmente em todo o lado. Quando se trata de nutrição humana e meio ambiente, felizmente já passamos do tempo em que acreditávamos que tudo deveria ser 100% estéril. Agora sabemos que existem bactérias boas e más, e que esterilizar completamente as coisas, por exemplo, alimentos, significa que todas as bactérias boas também desaparecem. Quem nunca experimentou Kombucha, por exemplo?
É assim que devemos pensar quando alimentamos os nossos amados cães e gatos: lutar por manter o seu microbioma saudável deve ser a nossa maior prioridade.
Com toda a certeza, é crucial saber de ONDE vem e é processado o alimento cru que o teu cão vai consumir.
Na Aruba Pet Nutrition acreditamos que os alimentos crus naturais são a melhor opção que existe para alimentar os nossos cães, por isso, criamos um alimento cru orgânico e não transgénico muito especial. Inspirados em culturas de todo o mundo e feitos com ingredientes europeus, os nossos alimentos são produzidos na Alemanha, com o mais alto nível de qualidade possível.
Temos refinado as nossas receitas para oferecer uma dieta com o equilíbrio perfeito de todos os nutrientes, especialmente proteínas, vitaminas, minerais e outros micronutrientes, tornando a Aruba Raw o alimento mais nutritivo e seguro possível para os nossos patudos.
Todas as nossas receitas são produzidas numa instalação com produção neutra de CO2, com ingredientes de qualidade humana, carnes orgânicas, vegetais e superalimentos - e, claro está, de acordo com as mais altas diretrizes nutricionais da FEDIAF.
Se gostaste de desmontar estes iRAWcionais, fica atento! Voltaremos em breve com mais!
Este blog não pretende ser um substituto do conselho médico ou nutricional profissional e não deve ser considerado como um conselho de saúde ou pessoal.
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